quinta-feira, 7 de julho de 2011

A HISTÓRIA DO BASQUETE DE RUA

O tema Basquete de Rua ou Streetball começa a despertar no Brasil um interesse especial, tendo em vista a sua magia internacionalmente reconhecida. Sem querer ser a dona da verdade, a Liga Urbana de Basquete apresenta a história do Streetball com base em suas pesquisas e experiências nos âmbitos nacional e internacional.

Várias pesquisas foram feitas e algumas delas estaremos reproduzindo na íntegra informando suas fontes, preservando o direito autoral das obras no espaço web.

A base da informação será o streetball, mas antes vamos conhecer o basquetebol em sua origem e evolução nacional e internacional.

Esperamos que com esta publicação possamos ilustrar um universo, desconhecido de muitos. Boa viagem!!!

A história do basquetebol

Criado por James Naismith em dezembro de 1891, o basquete surgiu como solução alternativa para prática esportiva a ser orientada aos alunos da International Young Men’s Christian Association Training School, em razão do rigoroso inverno de Springfield.

A meta era estudar a invenção de um esporte coletivo que pudesse ser praticado em recinto fechado, não fosse violento, comportasse um grande número de participantes, despertasse interesse e tivesse cunho científico.

Entre essas características, a mais importante era encontrar uma atividade menos ríspida que o futebol americano, tão popular na época. Baseado numa brincadeira infantil americana chamada “Duck on the Rock”, o basquete foi praticado inicialmente dentro de um ginásio, com uma bola de lacrosse e dois cestos de colheita de pêssegos dependurados em paredes opostas, onde estavam o objetivo dos 18 jogadores que formavam cada equipe.

Já no dia da primeira partida, o próprio Naismith teve dificuldades de retirar as pessoas do ginásio, tamanho foi o interesse despertado pelo novo esporte. Bem se pode imaginar a sua satisfação com a reação dos alunos e os objetivos alcançados na ocasião. Imediatamente o ”basquetebol” (nome sugerido por um dos primeiros praticantes) teve necessidade de uma regulamentação.

Com o efeito, dois meses após a sua invenção, surgiam as suas primeiras 13 regras. E elas eram muito simples. Seu teor em nada fugia ao espírito que observamos atualmente, com a bola devendo ser movimentada manualmente e o jogador não sendo autorizado pelos dois árbitros a correr com a mesma nas mãos. Além disso, já aquela época não havia empate.

O Brasil foi um dos primeiros países a conhecer o jogo. E quem trouxe a novidade para o país foi o americano Augusto Shaw, nascido na cidade de Clayville, região de Nova York. Depois de graduar-se em 1892 como bacharel em Artes na Universidade de Yale, onde teve seu primeiro contato com a modalidade, ele recebeu um convite dois anos depois para lecionar no tradicional Mackenzie College, em São Paulo. Na ocasião, carregou na bagagem não apenas roupas e livros sobre história da Arte: havia também uma bola de basquete.

No entanto, o sonho de ver o esporte criado por James Naismith adotado no Brasil demorou para ser realizado. Isto porque as mulheres o conheceram, aprovando imediatamente, o que atrapalhou a sua difusão entre os rapazes. Além do forte machismo, havia a forte concorrência do futebol, trazido em 1894 por Charles Miller, e que se tornou a grande coqueluche da época.

Com isso, o persistente Augusto Shaw, aos poucos, foi convencendo seus alunos de que o basquete não era um jogo de mulheres.

Quebrada a resistência, ele finalmente conseguiu montar uma equipe no Mackenzie College, ainda em 1896. Uma foto enviada ao Instituto Mackenzie, nos Estados Unidos, revela que ela seria a primeira formada no Brasil, justamente por Shaw.

O professor americano faleceu no seu país em 1939, viveu até 1914 no Brasil, onde acompanhou a difusão do basquete. A partir daí, a aceitação nacional pelo novo esporte veio através do também professor Oscar Thompson, na Escola Nacional de São Paulo, e do diretor Henry J. Sims, de Educação Física da ACM do Rio de Janeiro.

Em 1912, no ginásio da Rua da Quitanda 47, no Centro do Rio, foram realizados os primeiros torneios de basquete. No ano seguinte, a convite do América Futebol Clube, os integrantes da seleção chilena de futebol, membros da ACM de Santiago, passaram a freqüentar esse mesmo ginásio. Henry Sims convenceu os dirigentes rubros a introduzirem o esporte no seu clube, localizado na Rua Campos Salles, na Tijuca. Para animá-los, marcou um jogo contra os chilenos oferecendo uma equipe da ACM, que atuou com o uniforme do América e venceu pelo curioso placar de 5 a 4. A idéia vingou e o América foi o primeiro clube carioca a adotar o basquete.

As primeiras regras em português foram traduzidas em 1915, quando a ACM realizou o primeiro torneio da América do Sul, com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a Liga Metropolitana de Sports Atléticos, responsável pelos esportes terrestres no Rio de Janeiro, resolveu já no ano seguinte desenvolver o basquete. O primeiro campeonato oficializado pela entidade foi em 1919, com o Flamengo sendo campeão.

Em 1922, a seleção verde-amarela foi convocada pela primeira vez para comemorar o Centenário do Brasil nos Jogos Latino-Americanos, um torneio continental disputado também por Argentina e Uruguai, em dois turnos. O Brasil sagrou-se vencedor, sob o comando de Fred Brown. Em 1930, em Montevidéu, o país competiu na primeira edição do Campeonato Sul-Americano.

Em 1933 houve uma cisão no esporte nacional, já que os clubes que adotaram o profissionalismo no futebol, e assim foram criadas entidades especializadas de várias modalidades. Nasceu a Federação Brasileira de Basketball, fundada a 25 de dezembro de 1933, no Rio de Janeiro. Em assembléia aprovada dia 26 de dezembro de 1941, passou ao nome atual, Confederação Brasileira de Basketball.

A grande difusão do basquete ocorreu em virtude da sua inclusão, em 1936, na Olimpíada de Berlim, em que os Estados Unidos se sagraram campeões ao vencerem por 19 a 14 a França. Desde então, os americanos obtiveram os mais brilhantes resultados, contabilizando poucas derrotas, como na partida final dos Jogos de Munique (1972), ainda assim por um ponto de diferença para a URSS.

No fim da década de 50 e início da década de 60, o Brasil era considerado uma potência no esporte, sendo bicampeão masculino (Montevidéu-59 e Rio de Janeiro-63). Após esse período, poucos títulos de grande importância foram conquistados, como os Jogos Pan-Americanos de Indianápolis-87 e Santo Domingo-2003.

No feminino, o basquete brasileiro começou a brilhar em 1991, com o título pan-americano conquistado em Cuba, contra as anfitriãs. A consagração veio com o ouro mundial em 1994. Em Olimpíadas, merecem destaque a prata em 96 e o bronze em 2000.

Pelas suas características próprias, o basquete nunca fez distinção de sexo, idade, raça ou credo religioso entre seus participantes. No entanto, é recomendada a sua iniciação desde os 8 anos. Existem atualmente, inclusive, organismos de âmbito internacional que orientam e apóiam a prática do mini-basquete adaptado a crianças de 9 a 12 anos.

Evolução histórica do basquetebol brasileiro

Atualmente, o basquetebol é um dos esportes coletivos mais praticados em todo o mundo. Trata-se de uma modalidade esportiva integrante do programa dos Jogos Olímpicos desde 1936, sediados na Alemanha. A popularidade do basquetebol é reconhecida numa grande maioria de países, principalmente no Brasil.

Desde 1932, esse esporte é dirigido sob a organização da FIBA – Federação Internacional de Basquetebol, entidade que congrega federações de mais de 190 países, com sede em Munique. A FIBA é o organismo internacional que dirige todos os eventos com seleções representativas dos seus filiados e disciplina o esporte em termos de regulamentos e condições para participação. Em cada país, registrado na FIBA, existe uma entidade diretamente vinculada à esse organismo internacional. No caso do Brasil, está filiada a Confederação Brasileira de Basketball (CBB), fundada em 1933, sob a denominação de Federação Brasileira de Basket Ball.

O interesse que o esporte desperta é muito grande. Atualmente não se tem o número preciso de praticantes da modalidade. Admite-se que mais de 250 milhões de pessoas jogam basquetebol em todos os continentes. Em alguns países, como nos Estados Unidos da América, os campeonatos entre estudantes universitários e atletas profissionais se constituem em acontecimento do mais alto interesse, ocupando considerável parcela de espaço e tempo em jornais e emissoras de televisão. Os ginásios onde são realizados os jogos estão constantemente superlotados.

O nível de profissionalismo do basquetebol norte-americano é considerado por toda a opinião pública mundial, nos dias atuais, como ponto máximo de excelência técnica e organizacional. A “National Basketball Association” (NBA), desde sua fundação em 1946, controla e dirige os campeonatos nos Estados Unidos da América, congregando 30 equipes distribuídas nas principais cidades dos Estados Unidos e Canadá. As partidas da NBA e a sua programação são transmitidas em 214 países em 43 idiomas diferentes movimentando uma soma fabulosa de dólares através de contratos milionários com atletas e técnicos, organizando campeonatos do mais alto nível técnico, com transmissão de seus principais jogos para diversos países de todos os continentes.

No Brasil o esporte também goza de grande popularidade, principalmente entre jovens estudantes e associados de clubes esportivos. As seleções representativas do País, em competições internacionais, vêm obtendo, ao longo dos anos, vários títulos e posições de destaque entre os demais competidores.

As seleções masculinas obtiveram, por duas vezes, o título de campeãs mundiais em 1959 e 1963. Foi também o esporte coletivo que maior número de medalhas obteve para o Brasil em Jogos Olímpicos, com a conquista das medalhas de bronze nas Olimpíadas de 1948 em Londres, 1960 em Roma e 1964 em Tóquio. Vários títulos sul-americanos foram também conseguidos, sendo 15 vezes campeão e 11 vezes vice-campeão em 35 campeonatos.

O Brasil foi o único país, além da representação dos Estados Unidos da América que obteve, por três vezes, o título de campeão dos Jogos Pan-americanos. Em 1987, o Brasil sagrou-se campeão pan-americano em Indianápolis, vencendo a seleção norte-americana em conquista que foi considerada uma verdadeira façanha histórica. Outro país campeão pan-americano foi Porto Rico, em 1991 em Havana.

Os americanos, que já se preocupavam com o fato das suas representações nacionais, formadas por universitários, estarem perdendo a hegemonia em alguns campeonatos internacionais, passaram a considerar a hipótese de ter profissionais da NBA em suas seleções.

O resultado desfavorável de Indianápolis, com a vitória do Brasil, foi o marco inicial de alteração de política nos EUA para que, cinco anos após, o mundo todo pudesse presenciar, nos Jogos Olímpicos de Barcelona (1992), a seleção dos sonhos ou “Dream Team” composta pelos mais famosos jogadores da NBA.

Esse fato contribuiu, decisivamente, para divulgar o basquetebol em todos os espaços possíveis da mídia e ratificar a hegemonia norte-americana, com a conquista invicta da medalha de ouro.

Embora este conteúdo restrinja-se ao basquetebol masculino, convém dar destaque aos resultados obtidos pelas seleções brasileiras femininas, ao longo dos anos. Vários títulos sul-americanos, dois pan-americanos, duas medalhas olímpicas (prata em Atlanta e bronze em Sydney) e um título mundial (l994 na Austrália), colocam também, o basquetebol feminino em grande evidência no contexto internacional.

Prof. Julio Medalha é o editor deste tópico, adaptado de sua tese de livre-docência defendida em 1991 na Universidade de São Paulo sob o título: A evolução histórica do basquetebol masculino no Brasil: um estudo com base nos resultados da seleção brasileira: 1923-1990.

Entendendo a Cultura Urbana praticada pelos nossos jovens

Na palestra proferida em agosto de 2000, no I Fórum Estadual sobre o Ensino Social Cristão, Padre Vando Valentini, autor, sacerdote e coordenador do Núcleo Fé e Cultura nos trouxe uma reflexão sobre a “Cultura e realidade urbana”, no qual destacamos um parágrafo da sua exposição onde aponta a perda da identidade e desestruturação do homem (sobretudo dos jovens).

“Falar em cultura urbana significa observar com atenção a realidade na qual todos nós estamos mergulhados. Conhecemos muito bem algumas características dessa realidade que, de forma direta ou indireta, afetam nosso cotidiano: a mobilidade; o anseio pelo novo que se manifesta na reformulação urbana da moda e dos hábitos; a eficiência das novas técnicas, que imprimem novos modos de relacionamento; a unificação do espaço, pois cada local revela o mundo através da intercomunicação.

Quem dita as novas regras desta sociedade é o mercado consumidor. E este é auto-regulado, e não admite instância externa a si, nem política nem ética, que o controle.”

O esporte como forma de socialização da juventude

O esporte é, reconhecidamente, uma das melhores vias para a socialização dos jovens, tendo em vista os valores positivos que sua prática dissemina: a solidariedade, o espírito de grupo, a busca da superação por meio do esforço focalizado. Ao mesmo tempo, a chamada “cultura urbana” é portadora de elementos capazes de aglutinar a juventude de maneira positiva, com enfoque na música, na dança e nas artes. Foi com essas idéias em mente que foi criada a Liga Urbana de Basquete – LUB como um veículo de afirmação da identidade e da cidadania dos jovens de nossas cidades e, conseqüentemente, como instrumento de combate à violência e aos males associados à desigualdade social e ao racismo.

Centrada na promoção do streetball, ou basquete de rua, sem restrição de classe social, mas com uma especial preocupação com os jovens carentes das periferias urbanas, a LUB está estabelecendo uma rede de parceiros capazes de auxiliá-la a desenvolver seu projeto, incluindo órgãos governamentais, empresas e entidades da sociedade civil. Uma rede de organizações que têm como traço de união a preocupação em explorar caminhos que possam abrir novas perspectivas para a juventude. Daí a idéia de casar o basquete de rua – que tem se mostrado de grande apelo para os jovens, além de ser fácil de praticar – com a “cultura urbana”.

A “cultura urbana” surgiu nos bairros pobres das cidades americanas em resposta à exclusão social, ao racismo e à crise econômica que os Estados Unidos atravessaram com a quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Desde o final da década de 1970, ela passou a se confundir com o movimento Hip Hop, cujo estilo se reflete nas letras dos rappers, na dança de rua (o break), nas gírias, na arte do grafite e na moda – não por acaso, inspirada no basquete americano.

O Hip Hop chegou ao Brasil no início de década de 80 por intermédio das equipes de som, das revistas, dos discos, filmes, vídeo clipes e programas de TV. Para os seus adeptos, o mais importante é o papel social que o movimento desempenha como expressão dos segmentos marginalizados e daqueles que se identificam com sua cultura.

Para jogar streetball, o importante é ter estilo – tanto no jogo quanto no modo de vestir. As regras são simples: apenas uma cesta, meia quadra e três jogadores em cada time, embalados ao som do rap. As regras são flexíveis, privilegiando a força, a ousadia e a improvisação. A moda começou nos guetos nova-iorquinos, conquistou os Estados Unidos e começa a ganhar adeptos no Brasil.

Já a palavra grafite vem do italiano graffiti, plural de graffito, que significa “escrita feita com carvão”, e a modalidade de expressão artística que ela designa remonta à época do Império Romano.

No final da década de 1960, jovens do bairro nova-iorquino do Bronx restabeleceram esse gênero de arte, agora não mais com carvão, mas com tintas spray, criando uma forma de expressão colorida e muito mais rica, tanto visualmente quanto no conteúdo das mensagens.

A terceira vertente da cultura urbana é a street dance, ou dança de rua, que apesar do nome não precisa ser praticada necessariamente no asfalto. O break, com o qual a street dance hoje se confunde, surgiu a partir do funk americano. A linguagem é semelhante à da mímica, usando movimentos de acrobacia e ginástica olímpica, e sempre aproveitando o corpo e o chão.

Definição do streetball ou basquete de rua

O termo “Streetball” não tem origem apenas no jogo conhecido como Streetbasketball mas também tem uma associação especial com a cultura da juventude. O esporte é conectado à imagem do gueto, que este tem ligação com a música (RAP e Hip Hop ). Esta associação deve-se provavelmente às raízes do Streetbasketball, encontradas nos quintais de cidades grandes americanas, onde muitos jovens de comunidades mais pobres dos Estados Unidos vêem no esporte, em especial no basquete e no streetball uma via especial para um futuro melhor, ressaltando que são poucos os que conseguem sobreviver jogando streetball e fazer sucesso além do reconhecimento em suas comunidades de origem.

Basquete de Rua como indústria do entretenimento

A palavra entretenimento, de origem latina, entretere, significa estar dentro, deter, fazer demorar, estar efetivamente participando de uma situação na qual você está dando 100%.

Proporcionar entretenimento a alguém significa divertir, ocupar, encher as horas vagas. Derivado do basquete tradicional, o streetball ou basquete de rua inicialmente teve seu o foco voltado para o entretenimento.

Com o passar do tempo tudo se transformou em uma indústria de entretenimento, tendo o lucro financeiro como foco central. De uma maneira geral o entretenimento tem se caracterizado como um setor econômico dos mais dinâmicos e prósperos no mundo.

Para se ter uma idéia, em 2003 o faturamento do setor em todo o mundo foi de U$1,2 trilhão, relacionados a diversas áreas de negócios do lazer, onde destacam-se o esporte, o turismo, as telecomunicações, o audiovisual e eventos.

O esporte, considerado o segundo segmento do setor do entretenimento, logo após o turismo, envolve em todo o mundo valores estimados em 54 bilhões em vendas diretas e U$ 370 bilhões em vendas indiretas.

No Brasil o esporte representa 1,7% do PIB, o que é considerado muito baixo pelos especialistas do setor, gerando cerca de 20 bilhões de reais, com expansão média de 6,35% entre 1995 e 2001.

O Passado

Não existiam milhares de fãs. Não existiam “streetballers” reconhecidos pelos seus nomes em todo o mundo. O lance era jogar basquetebol nas esquinas, nas quadras, ou em qualquer lugar, um contra um, dois contra dois, três contra três ou quadra inteira. Na época, o dinheiro não era o mais importante, perdia para a bola laranja. Haviam mestres na arte de jogar streetball que se destacavam nos “rachas”, “peladas” e “pegas” idolatrados localmente.

Como maior referência na arte do basquete-espetáculo, os Globetrotters encantavam o mundo em plena guerra fria. Em 1927, Abe Sapertein, que era filho de imigrantes poloneses, fundou a equipe exclusivamente com negros que eram impedidos de jogar nas equipes de brancos ou contra eles.

A equipe tinha atletas sensacionais e toda equipe jogava muito bem, fazendo com que o resultado fosse muito especial, o que motivou o seu fundador a criar o jogo espetáculo, adicionando pequenas doses de comédia, com os juizes e a equipe adversária fazendo parte do “combinado” show. O fato concreto é que o público se amarrava no espetáculo, não se importando com vitórias. Veio a fama, todo mundo gostou do formato onde os times adversários serviam de uma espécie de “escada”. Em 1966, Sapertein faleceu e seus herdeiros venderam a equipe por $3 milhões de dólares.

O Globetrotters, depois de 80 anos de entreter mais de 123 milhões de fãs em 118 países, permanece um ícone de marketing e produto de excelente qualidade. O time tem platéia fiel por onde se apresenta, fazendo a alegria de jovens e adultos. Vários grupos tentam copiar a fórmula do seu entretenimento sem o sucesso que os eternizaram como únicos no planeta.

Um jornalista egípcio definiu bem o espírito dos Globetrotters. “Quando a pessoa rir, a pessoa não pode odiar”.

A única equipe de basquete que encantou várias gerações, teve seus momentos difíceis no período da guerra fria, quando chegaram a serem usados como massa de manobra. Atualmente, com uma política humanitária os Globetrotters viajam o mundo como Embaixadores da Paz, desenvolvendo ações comunitárias. Já foram doados mais de $11 milhões de dólares a várias causas e caridades desde que o Mannie Jackson, o novo proprietário adquiriu o time em 1993.

No final dos anos sessenta e início dos anos setenta, o streetball teve o seu ápice quando lendas das quadras como Earl “The Goat” Manigault e Joe “The Destroyer” Hammond disputaram um desafio com as estrelas da NBA como Wilt Chamberlain e Tiny Archibald na quadra de Rucker Park – considerada a Meca do Streetball. Manigault e Hammond tinham talento para jogar na NBA, mas estiveram envolvidos em vários problemas com crimes e drogas, o que os mantiveram do lado de fora da liga americana.

No início, o único lugar onde o “streetball” foi destaque era no Harlem, bairro negro de Nova York onde, ligas como The American Basketball Association (ABA) e a The Entertainers Basketball Classic (EBC) desenvolvem até hoje, a modalidade em quadras famosas , como Rucker Park, Gun Hill, West 4th, entre outras.

O basquete de rua continuou crescendo em popularidade, mas algumas destas competições mancharam a imagem doe esporte, devido aos envolvimentos com a criminalidade.

As coisas mudaram em 1997 quando a AND 1 usou a famosa fita com os “moves de “Skip to My Lou”. No livro, “And1 Streetball: All the Ballers, Movers, Slams, and Shine,” o autor Chris Palmer detalha como a “Skip Tape” (como ficou conhecida a fita de vídeo de Skip) circulou pelos escritórios da revista “Slam Magazine” e terminou no The Paoli, os escritórios da AND 1.

Na época a companhia fez 50.000 cópias da fita e distribuiu aos clientes que compraram seus produtos nas lojas da rede Foot Action Shoe. As fitas sumiram das lojas em pouco tempo. Comércio ou não, o fato é que a AND 1 foi a principal causadora da promoção do streetball no mundo, utilizando-se do seu marketing que conta com apelidos sugestivos dos jogadores que compõem o seu elenco, tipo Hot Sauce ( molho quente) e Half-Man Half-Amazing ( meio homem, meio surpreendente). A de se imaginar Lebron James mudando de nome para jogar streetball na AND 1 “The Goat” – O número 1 O primeiro grande ícone do Streetball foi o universitário Earl “the Goat” Manigault em meados da década de 50. Este malabarista das quadras de 1,89m, considerado por muitos o melhor jogador de basketball de todos os tempos, parecia desafiar a gravidade e será recordado sempre como uma legenda do esporte. Quem jogou com ele, antes do vício, afirma que ele foi o melhor de todos os tempos…

Sua biografia pode ser vista no filme “Rebond – The Legend of Earl “The Goat” Manigault de 1996. No Brasil, o filme pode ser encontrado nas locadoras com título “Doping” e tem em seu elenco feras como Don Cheadle, Forest Whitaker, James Earl Jones, Michael Beach, Loretta Devine, Ronny Cox, Eriq LaSalle e Clarence Williams III. O destaque é para Forest Whitaker vivendo o famoso Mr. Rucker, o mesmo que deu nome a famosa quadra de basketball do bairro negro do Harlem, onde desenvolvia e incentivava a modalidade aos mais jovens, retirando-os dos caminhos da marginalidade.

O filme é a uma obra prima que mostra um brilhante e incomum jogador de basquete, que jogou a fora do futuro promissor ao se envolver com drogas e se tornar viciado. Tudo começa no Harlem, em 1959, onde o garoto é ajudado por Holcolm Rucker (Whitaker), um zelador que vê nele todas as chances de glória. Contudo, Earl se deixa levar pelas más companhias, e inicia uma trágica ligação com as drogas. O título original é Rebond The Legend of Earl “The Goat” Manigault (1996). No Brasil o filme lançado com o título “Doping”.

É do Harlem que vem a força do street. O time do Harlem Renaissance rodou os EUA desafiando os vários times, tornando-se referência. Atletas como Pee Wee, The Goat, Dr. J e Sweet Pea. Onde você pensa que a ABA – liga de basquetebol oriunda do Harlem em NY – adquiriu todos seus jogadores?

Foi em um verão no Harlem’s Rucker Park Entertainers Basketball Classic que chegou o fascinante Skip to My Lou roubando a cena e explodindo com a sua técnica tornando-se a sensação na mídia. No verão de 1999, Skip se tornaria o maior personagem do mundo do streetball, com seus “moves” lançado na primeira mixtape da desconhecida AND 1.

Essa famosa fita foi gravada no Harlem, na quadra do Rucker Park e entregue a AND 1 dois anos antes na condição que não poderia ser vendida ao público. O objetivo da fita era promocional, onde pela primeira vez foram vistos “juggles” (malabarismos) espetaculares feitos por Skip.

A fita entregue a AND1 em 1997, permaneceu na gaveta durante dois anos, sendo que um belo dia a AND 1 sacou a idéia de utilizá-la para promover os seus produtos, tipo compre o tênis e leve a fita. Ou seja: sucesso de vendas com excelente retorno financeiro. Começava aí, a série das mixtapes da AND 1 e a promissora indústria do entretenimento envolvendo o streetball nos USA e no mundo.

E além de Michael “Air” Jordan, antes de MJ, The Great Doctor, Julius Erving, foram poucos os jogadores de street que fizeram sucesso na NBA. Com Skip o papo foi outro, ele fez sucesso. Parece ser um estigma para os streetballers na NBA. “As pessoas pensaram que eu não pudesse separar os dois estilos de jogo, mas eu sempre me considerei um jogador sério”, disse Skip em entrevista a ESPN.

Outro que veio do street e se destaca na NBA – liga norte-americana de basketball é o famoso atleta Allen Iverson que fez sucesso antes de Skip to My Lou, mas o reconhecimento como o primeiro jogador streetballer que foi jogar na NBA coube a Skip que fez mais sucesso jogando streetball pela AND 1 do que pelas suas atuações na liga norte-americana.

O Presente

Carro-chefe do Streetball no mundo, a AND1 promove desde o ano 2000, turnês anuais com uma verdadeira seleção de fenômenos do basquete de rua. Além de percorrer inúmeras cidades norte-americanas, a AND1 já desfilou o talento de vários atletas como Skip To My Lou, Tru Baller ( que participou da primeira Open Run e não tendo sido selecionado para o jogo principal devido a interesses internos da AND 1 na figura do técnico Big Mike), Hot Sauce, Helicopter, The Professor e Headacher por países da Europa, Ásia, Oceania, Austrália, América Central e recentemente o Brasil.

Além da AND1, existem outros grupos de peso mundo a fora, principalmente no Canadá, com o THE NOTIC e DIME55 e na França onde a francesa SLAM NATION agrega uma série de jogadores europeus e africanos com a agilidade e versatilidade impressionante, produzindo verdadeiros malabaristas do basquete. Após pesquisa mais aprofundada você encontrará organizações de streetball em países como Portugal, Espanha, Alemanha, Inglaterra, França e China. A China recebe regularmente turnês da equipe THE HOOP STARS (ex-Hooptainers) do baller Jay Boogie.

Outro formato interessante, são as equipes que se apresentam reunindo celebridades que participam de um jogo de basquete, geralmente sem fins lucrativos, visando o que os americanos chamam de “fundraiser”, uma espécie de evento para arrecadar fundos para uma ação ou organização a ser beneficiada. Como exemplo, temos as equipes HOLLYWOOD KNIGHTS e HOOLYWOOD HOOPS, esta última comandada por Jude “Hollywood” Thomas. Jude reúne uma equipe de celebridades do basketball, os quais na sua grande maioria podem ser vistos em vídeos de basketball, em comerciais, filmes e televisão.

Formado em 2004, o SLAMMIN’ TRICKS FREESTYLE BASKETBALL pesquisou durante 18 meses os atletas que formaram equipe que se caracteriza como freestyle e streetball integrando a audiência com participação e alegres movimentos num espetáculo para a família inteira. Semelhante ao formato que diferencia os “HARLEM GLOBETROTTER”, o Slammin’Trickz Show combina um formato hilário com estilo, perícia e o freestyle mais original com surpreendentes movimentos dentro de um contexto de um jogo competitivo.

Em 2005, sob o comando de Jay Boogie, as equipes HOOPTAINERS e HOLLYWOOD ALL STARS apresentaram-se em 15 shows para várias audiências no estado da Califórnia. Em um espetáculo cheio de truques, a excursão serviu como uma vitrine para basquetebol freestyle e para os atletas que jogaram contra o Slammin, em uma mistura sem igual, combinando esporte e entretenimento

Em sua segunda excursão a China, Jay Boogie e sua equipe THE HOOP STARS, anteriormente conhecida como THE HOOPTAINERS, forma um grupo de basquetebol de entretenimento. O time é formado pelas mais altas lendas do basquete de rua da Califórnia. São celebridades que combinam o Hip Hop e streetball no maior estilo explosivo e gracioso do esporte. A missão do THE HOOP STARS é trazer a alegria e paixão do streetball para as crianças e comunidades, o grupo quer tocar muitas vidas montando o seu talento e sendo conhecidos como os modernos HARLEM GLOBETROTTERS.

Grandes eventos de streetball acontecem em várias partes do mundo, por exemplo temos a Nova Zelândia que realiza o THE BOOST MOBILE STREET TOUR em cinco cidades envolvendo várias atividades como competição de streetball onde acontece a disputa de free style, tiro livre e o famoso 3 contra 3, e ainda rola a cultura Hip Hop com breakdancers e MCs na maior celebração da cultura de rua, onde figuram a dança, a música e o streetball. Batalhas de MCs e Breakdancers disputam uma premiação especial que compreende telefones celulares, roupas streetwear e prêmios em dinheiro.

Na Alemanha rola o GERMANY FINEST que desenvolve o puro streetball promovendo competições e exibições com sua equipe de “ballers”. Eles são apaixonados pelo streetball que consideram um estilo de vida e um modo de se expressar. Mas o Germany Finest é mais do que isso é um lugar para quem quer curtir, dançar o rap e tudo que tiver girando por esta cultura.

No Japão temos o campeonato de freestyle de streetball, envolvendo verdadeiros malabaristas que disputam individualmente como se fosse uma batalha de Bboy. O evento chama-se FREE STYLE




BATTLE STREETBALL.

(link: http://www.youtube.com/watch?v=05lySw5QzTk)

Da França temos dois grupos que se destacam: SLAM NATION, que agrega uma série de jogadores europeus e africanos com a agilidade e versatilidade impressionante, produzindo verdadeiros malabaristas do basquete. O destaque é para o exímio saltador Kadour Ziane, que com seus 1,79 m de altura, ele tem um pulo vertical de mais de 1,27 m. Outro grupo de destaque, também de saltadores (dunkers) é o DUNKALICIOUS – A arte do Dunk , dos irmãos Brice & Yann de Blaine, onde cada um tem uma impulsão de 50 polegadas ( 1,27 metros). Estas performances podem ser vista no site www.dunkalicious.com ou pelo Portal de vídeos You Tube.

Da Inglaterra, em Londres rolou pela segunda vez o “NIKE MIDNIGHT MADNESS” que aconteceu no Crystal Palace, em Londres. O verão londrino assistiu aos melhores “ballers” do pedaço que competiram durante quatro etapas. A competição teve um ritmo frenético com hora para começar e sem hora para acabar. Na grande final, o streetball foi jogado entre 30 competidores em três etapas até o confronto final.

Completando a festa rolou um beatbox insano, concursos de enterradas, dançarinos de rua e um serviço perfeito de entretenimento fora das quadras com direito a cinema e games diversos, tudo disponível a noite toda para manter a galera no maior astral possível. O piso da quadra era negro, no maior estilo Nike. Os vencedores representando a elite do streetball do Reino Unido disputaram no mês seguinte em Chicago uma partida contra os americanos, para ver quem é que manda na parada.

Nos Estados Unidos a modalidade tem vários torneios, alguns tradicionais como os que acontecem no verão americano em Nova York. O cenário é Rucker Park, uma quadra de basquetebol situada em um parque no bairro do Harlem, na cidade de Nova Iorque. Sua localização e entre a 155ª Street e 8ª Avenida. Rucker Park é anfitirã do EBC – ENTERTAINMENT BASKTEBALL CLASSIC, um campeonato de streetball que rola desde dos anos 80 no verão americano. O que é especial sobre este parque é muitos atletas, considerados lendas da NBA e atuais jogadores jogaram bola em Rucker Park mostrando suas habilidades, em especial os melhores jogadores do streetball, entre elas encontramos feras como Kareem Abdul-Jabbar, Murche Chamberlain, Dr. J, Nate Archibald “Minúsculo”, Connie Hawkins, até mesmo o ex-Senador Bill Bradley jogou em Parque de Rucker.

Outro evento que rola no Harlem é o KINGDOME, evento que a LUB participou em 2004 gravando entrevistas e registrando o streetball em solo americano. Atuando desde de 1985, o campeonato de Kingdome, tornou-se um dos mais populares eventos que acontecem nas quadras esportivas dos prédios da Av. Martin Luther King Jr e 115th Street, e também entre Lenox e a 114a Street no bairro negro do Harlem, em Nova York.

A responsável pelo evento, a Kingdome Sports League, Inc. é uma organização atlética sem fins lucrativos que ajuda as crianças, a juventude e os adultos do bairro do Harlem. A Kingdome fornece um programa detalhado de esportes durante os meses de junho a agosto quando acontece o verão em Nova York.

Outro grande evento que tem o apoio da rede de TV ESPN, é o CITY SLAM que reúne os maiores dunkadores do pedaço. O campeonato de enterradas reúne os melhores jogadores de streetball dos Estados Unidos. São quarenta e oito pessoas de várias regiões do país tentando ganhar a melhor nota da comissão julgadora, que é formada por ex-estrelas da NBA, como Spud Webb, Terry Porter e Kenny Walker. A apresentação é feita por Dee Brown, que jogou doze anos na NBA e foi campeão de enterradas no All Star Weekend de 1991.

Cada competidor realiza várias enterradas por programa. Na primeira parte, eles são obrigados a fazer algumas enterradas tradicionais. Na segunda parte, a competição é semelhante ao salto em altura, com uma enterrada que leva em conta a impulsão do atleta. Na terceira parte, o atleta conta com a ajuda de um parceiro. E na última parte, o que vale é a criatividade, já que o estilo é livre.

Outro evento de sucesso patrocinado pela Burger King é o BK 3ON3 BASKETBALL TOURNAMENT que acontece em várias cidades americanas distribuindo vários prêmios.

No Brasil, temos o registro de dois eventos aconteceram na última década sobre streetball, quando as empresas Reebook e Adidas realizaram torneios sobre a modalidade com vistas ao lançamento de seus produtos. Nos três últimos anos, os eventos cresceram no Brasil, como o NBA MADNESS que reuniu em 2004 mais de 15 mil fãs do basquete em um fim de semana.

Reunindo estilo de vida e cultura urbana e uma variedade de atividades interativas de basquetebol com música, vídeos de ação, jogos de computador, em 2005 o NBA Madness aconteceu com sucesso nas dependências do Shopping SP Market no bairro de Interlagos em São Paulo. Na oportunidade a equipe paulista da Liga Urbana de Basquete demonstrou o seu streetball de verdade para o público que lotou o local.

Os estados de São Paulo e Rio de Janeiro reúnem o maior número de eventos de streetball, fora as capitais São Paulo e Rio de Janeiro, muitos eventos estão acontecendo em cidades do interior paulista como Franca, Rio Claro, Piracicaba, Araraquara, Campinas, entre outras. Da mesma forma no interior fluminense como Nova Iguaçu, Petrópolis, Friburgo, Casemiro de Abreu, Queimados, Nilópolis, Campos, Volta Redonda, entre outras cidades.

As empresas estão percebendo o potencial do mercado que se forma, a partir de um novo target. Gatorade, Colorgin, Tetra Pak, Gillette já patrocinaram eventos e equipes de streetball. Já, empresas do segmento esportivo como a NBA/GVD; Penalty; Rednose; Spalding; Adidas; e Wilson iniciaram a disputa pela fatia do mercado, até então desconhecido de muitos. O desafio para essas empresas é fixar suas marcas de forma viral no mercado, em um momento em que os formatos tradicionais de marketing não atendem o novo target, cabe aos profissionais entenderem a dinâmica da cultura urbana em curso.

O maior evento de visibilidade nacional é o campeonato desenvolvido pela Libbra – Liga Brasileira de Basquete de Rua em parceira com a Rede Globo. O evento reúne significativas forças do streetball de alguns centros do país. Sua realização contribui para a promoção da modalidade. A Liga Urbana não obteve autorização para participar da competição nas suas duas primeiras realizações (2005 e 2006). Esperamos que o convite seja feito para que a LUB possa participar da competição dentro do maior espírito desportivo (fairplay). Seus atletas tem participado com sucesso das duas edições do torneio jogando por outras equipes.

Outro ponto importante na concepção da Liga Urbana de Basquete é o necessário fomento da modalidade no âmbito da sua formação. Ou seja, o desenvolvimento das escolinhas, pois serão elas que transmitirão aos jovens atletas os seus fundamentos, regras e os princípios que regem o esporte e a cidadania. Portanto, o foco no nosso entendimento deve estar voltado para a educação e a competição que fazem parte do conceito esportivo a ser aplicado.

Como prova deste conceito, desenvolvemos em 2005 com o Sesc – Niterói no estado do Rio de Janeiro o “I Circuito Streetball Estudantil LUB SESC”. O evento contou com um torneio de basquete jogado 3 contra 3 e com regras diferentes do basquete tradicional.O circuito foi aberto às escolas particulares e públicas da cidade de Niterói e municípios vizinhos.

O Futuro

O Streetball ou Basquete de Rua sempre se manterá vivo, segundo alguns especialistas. Ele não desaparecerá, até por que as peladas, pegas e rachas sempre existirão, surgindo um novo talento tal qual o futebol, conforme as performances em seus devidos tempos de um Ademir da Guia, Didi, Pelé, Maradona e Ronaldinho Gaúcho.

São diferentes artistas com seus truques, encantando a galera. O mesmo rola no streetball. Sempre vamos comparar as performances de feras como Hot Sauce, Tru Baller, Professor, Bone Collector, Jay Boogie, Homicide, White Chocolate entre outras feras do streetball com a nova galera que vai chegando no cenário do streetbasket.

Uma coisa possível de acontecer e a tendência das mixtapes e equipes de streetball se tornarem depois de certo tempo, enfadonhas acumulando os seus truques repetitivos. Devem os grupos buscarem os seus limites, não se copiando entre si. Com seus talentos, estas feras tem nos fazer ficar de boca aberta, como a performance irada de Kadour Ziane, que é capaz de saltar e fazer uma enterrada girando 360 graus em cima de várias pessoas. Ziane pode ser classificado como um dos maiores do dunkers (saltadores) do mundo. Com seus 1,79 m de altura, ele tem um pulo vertical de mais de 1,27 m. Confira no site da LUB o vídeo com as performances incríveis de Ziane. (http://www.lub.org.br/nav_streetball_feras_xtra.asp?nav=06 )

A Dunk é uma das jogadas mais características do streetball, também muito comum no basquete tradicional. Atualmente como dunkadores, podemos destacar entre várias feras, nomes como os franceses Kadour Ziani (citado acima) e os irmãos Brian & Yann Blaine que saltam também um pulo vertical 1,27 m. Entre as feras americanas temos os destaques para Air Up There e Skywalker, entre outros.

Outro estilo do streetball são os freestylers, que fazem os malabarismos com a bola ( chamados de “juggles”), entre os mais famosos destacam-se Hot Sauce, The Professor, Bone Collector, Jay Booggie, White Chocolate, entre outros. No Brasil o destaque fica por conta do pequenino e arisco Pedro Ivo, da LUB RJ, que chegou a ser convidado para jogar com os americanos da equipe Hoops Stars de Jay Boogie. Enfim, streetball é criatividade infinita, nunca estará preso a rótulos comerciais e reguladores.

Freestyle não é o mesmo que driblar, os ballers acima citados são grandes dribladores e fazem freestyle. Freestyle é o ato de manipular a bola e fazer manobras mesmo sem a marcação do adversário. Driblar é adequar o freestyle á condição de estar marcado pelo oponente e assim conseguir ludibriá-lo com seus movimentos. Entre os grandes freestylers, destacamos Goosebumps , Johnny Blaze , C-Stan, Shiro, Zephy, JCat, Bosian, etc …

Mas, nem tudo são flores no mundo do streetball. Conhecedores da matéria como o jornalista Mike Slane, em sua coluna no site ElevationMag.com abordou como tema a morte do streetball (“Death Of Streetball”).

(http://www.elevationmag.com/basketball/index.php?itemid=155&catid=1 )

Ele afirmou que o streetaball na América nunca mais será o mesmo. Muitos acreditam em sua tese, devido a comercialização do esporte, principalmente nos Estados Unidos. Mike ama o velho streetball de 1998 que era praticado em Rucker Park. Hoje, ao ver o circo que é formado em torno do atual streetball ele se sente indignado ao ver por exemplo, que as pessoas que vão ao evento de streetball no verão americano no Harlem têm que comprar câmeras fotográficas para tirar suas fotos. Ou seja, é proibido tirar fotografia que não seja com a câmera vendida pala organização do evento. É comum, vender câmeras para gravar os todos os movimentos, onde se constata por todo o lado diversas placas de propaganda da G Unit do rapper 50 Cent.

A Liga Urbana de Basquete foi citada por Mark Slane no site ElevationMag.com (link: http://www.elevationmag.com/basketball/index.php?itemid=144#nucleus_cf ). Na oportunidade o streetballer americano Jay Boogie afirma sua parceria com a LUB e o desejo de vir ao Brasil conhecer o streetball praticado por aqui.

O basquete de rua no Brasil

Os primórdios do basquete de rua no Brasil, teve seu início da mesma forma que outras modalidades como o futebol, handebol, voleibol e basquetebol. Entre as modalidades citadas, o voleibol devido a necessidade de disponibilidade de equipamento como rede, traves e bolas, era mais difícil de ser praticado nas ruas. Consequentemente, era mais fácil encontrar os espaços prontos para “rachas, peladas ou “pegas” de basquete e futebol. O handebol tinha sua versão conhecida como “queimada”, que era jogada em quadras de escolas, pátios, praças e até outros espaços não tão comuns a prática esportiva.

Esses “rachas” em todo Brasil eram comuns, misturando as várias faixas etárias e classes sociais. Na época, o lugar ideal para o seu desenvolvimento eram os clubes que reuniam as comunidades locais, formando equipes que disputavam competições no âmbito amador e profissional em seus estados. Os mais talentosos participavam como

federados em suas agremiações, disputando regionalmente e nacionalmente os campeonatos existentes. O basquete foi durante muito tempo (até 1981) a segunda modalidade mais praticada no país (futebol em primeiro), perdendo seu posto para o voleibol que se organizou e conseguiu resultados num ambiente profissional e vitorioso.

Diferentemente da sua ocupação em solo americano, onde o basquete tem seu foco no esporte de rendimento amparado pelas ligas já citadas, no Brasil o foco foi diferente. O basquete de rua surge com um viés social, ou seja: Entretenimento como o irmão americano, mas com o foco voltado como ferramenta de transformação social. A competição é válida como em qualquer esporte, mas a conquista da cidadania plena torna mais atraente e desafiadora sua implementação.

Durante um bom período, os resultados no basquete profissional fomentavam o basquete de rua. O sucesso do basquete tradicional foi conseguido por abnegados atletas, dirigentes e apaixonados pelo esporte. Entre eles o memorável técnico Kanella e os atletas Vlamir, Rosa Branca, Pipoca, Amauri e Oscar. Sem esquecer a glória do basquete feminino com Hortência e Magic Paula, entre vários outros nomes que elevaram o basquete brasileiro.

Enquanto eles brilhavam nas quadras, os rachas e as escolinhas de basquete (sempre nos clubes) aconteciam atraindo um público apaixonado. Logo, concluímos que o basquete de rua sempre existiu de forma não organizada e sim espontânea.

Além da Liga Urbana de Basquete, que se preocupa com a área social, destacamos a proposta de outros grupos como a Libbra e a equipe Cesta Básica do Rio de Janeiro. A primeira realizando um campeonato de âmbito nacional com apoio de uma grande rede de comunicação, a última faz um trabalho social, com base no Projeto Lance Livro onde arrecada e distribui livros durante suas apresentações. Neste aspecto, a LUB fixou o seu trabalho no conceito esporte-cidadania, sendo suas equipes e o seu site, os pontos virais do seu trabalho.

Não devemos esquecer que antes mesmo do basquete de rua se organizar, haviam outras ações pontuais como a equipe formada por artistas apaixonados por basketball, sob o comando de Da Gama, guitarrista do Cidade Negra, que além da sua atividade como artista da banda, cuida também de várias frentes sociais, entre elas o projeto “Basquete e Arte”, que promove desde de 1996, jogos de basquetebol com a participação de artistas para arrecadar cestas básicas e material escolar para as comunidades do Rio de Janeiro.

Entre os artistas que participam do projeto, destacam-se Toni Garrido, Orlando Moraes, Heitor Martinez, Alex do Grupo Morenos, Carlos Casagrande, Pedro Bial, Jonathan Haagensen, Jorge de Sá, entre outros.

Outro grupo que se tem notícia vem do interior paulista, onde cinco amigos fundaram o SBS – StreetBall Sumaré. O diferencial desta equipe é que assumiram o streetball e não o basquete tradicional. Hoje, seguem preservando as origens e divulgando a modalidade na região. Atualmente a equipe mudou de nome passando a se chamar SBSC – StreetBall Sumaré Campinas.

Os números do basquete no Brasil

Como não existe uma pesquisa que forneça atualmente informações seguras em relação ao número de praticantes de basquete no Brasil, apresentamos um estudo que tem por base informações provenientes de pesquisas realizadas em eventos esportivos, clippings, press-releases, dados de estudos publicados sobre o basquete e outras modalidades, bem

como, números consolidados do IBGE relacionados à população jovem, em especial, entre 15 e 24 anos de ambos os sexos.

População do Brasil: 185.000.000 pessoas.

1. População jovem entre 15 e 24 anos: 46.000.000.

2. Nas zonas urbanas: 35.880.000.

3. Estimativa de praticantes nessa faixa etária: 4.550.000 (12 – 13%)

4. Estimativa de praticantes nas demais faixas etárias: 2.500.000 e 3.000.000

Estimativa total de praticantes no Brasil: 7 a 10 milhões de pessoas.

Conclusão: Uma pesquisa nacional e abrangente inexiste, apesar de muito útil, e por isso, nosso raciocínio é prudente em relação aos números considerando 7 a 10 milhões de praticantes de basquete. Sobre o streetball, onde não existem números consolidados, sabe-se que sua prática, dividida entre freestyle e tipo “21”, é muito comum em momentos de lazer de treinamentos de clubes e equipes, além de ser atualmente uma moda que cresce a cada dia entre jovens praticantes residentes nas zonas urbanas do país.

Cronologia da disseminação do basquete de rua no Brasil

Respeitando todas as iniciativas que antecederam a visibilidade e a organização proposta pela Liga Urbana de Basquete, na qual foi a pioneira no basquete de rua no Brasil, a partir do ano de 2004, apresentamos de forma cronológica a disseminação da modalidade no Brasil.

Antes de 2004 o basquete de rua era praticado de maneira livre e sem nenhuma organização, ou seja de forma de espontânea, traduzida como forma de lazer denominadas “peladas”, “pegas” ou “rachas”, cabendo aos clubes o fornecimento do espaço para as atividades, mas priorizando as iniciativas competitivas, no âmbito do esporte de rendimento. Coube a LUB associar o esporte e a ação social, ocasionando sua visibilidade de forma positiva e construtiva para a pratica do esporte como elemento de transformação social.

Em agosto de 2004, Asfilófio de Oliveira Filho – Filó, engenheiro, produtor cultural e administrador esportivo cria a Liga Urbana de Basquete- LUB no Rio de Janeiro, a partir do encontro de atletas de basquete que formavam as “peladas” no Aterro Parque do Flamengo no Rio de Janeiro. Oriundos de vários locais da cidade, vários atletas foram convidados a participarem dos encontros seletivos no Clube Sírio Libanês em Botafogo, para formar a primeira equipe de streetball do Brasil. Entre os fundadores, o Prof. Amauri Santos, os coordenadores Jose de Andrade e Daniel Araujo, o estagiário Paulo Henrique, o psicólogo Renaud Brasileiro, o mascote Wesley José e os atletas Angelo Antonio, Patrick Rodrigues, Pedro Henrique “Two Black”, Wagner “Snoop” Oliveira “Buiú, Bruno Lira, Felipe Guvêncio, Luan Knaya, Pablo Dantas, Cristiano “Preto”, Washington “Super Shock”, Alaon “Lawer”, Leandro “Discreto”, Rafael Alves, Jorge Sá, Rafael Fróes, Carlos Cesar “Soul”, Jersé Silva “Feijão”, Pedro Ivo Guimarães, João Marcos “Ghetto Square” e João Paulo.

No momento a LUB RJ está em sua segunda geração no seu plantel de atletas. Alguns atletas que fundaram a LUB, hoje mesmo ainda ligados a Liga Urbana de Basquete estão servindo à equipes profissionais que disputam os campeonatos regionais e campeonato nacional da Confederação Brasileira de Basquete.

O destaque é para o atleta Bruno Lira que está desde 2005 estudando e jogando basquete tradicional em uma universidade americana na Flórida. Bruno integrou a equipe da Telemar/Rio de Janeiro, equipe campeã brasileira em 2005, comandada pelo ídolo Oscar Schmidt.

Em setembro de 2004, após o período de treinamento, a LUB participava do Desafio Telemar de Basquete, como convidada para fazer a sua primeira exibição de streetball no lançamento da equipe da Telemar/Rio de Janeiro de Oscar Schmidt.

O evento aconteceu durante dois dias em uma arena montada nas areias da praia de Ipanema. O sucesso levou a LUB participar nos dois dias de evento. Foi o primeiro e grande reconhecimento que o basquete de rua teve na grande mídia, sendo divulgado como basquete-espetáculo e compromisso social.

Na oportunidade foi lançada a primeira música tema de streetball: “A Rua virou quadra”com a banda rap Dughettu, que se apresentou ao vivo durante a apresentação da equipe. Naquele momento confirmou-se a alquimia da música rap e o streetball, demonstrando que o basquete de rua pode ser considerado o quinto elemento da cultura Hip Hip. Fazendo apresentações sem fins lucrativos, a LUB a aprtir daí começou a ser convidada apresentar-se com sua equipe em várias comunidades e escolas públicas e particulares.

Em outubro de 2004, a LUB foi convidada a se apresentar no Colégio Batista Shepard no bairro da Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro. Na oportunidade a LUB recebeu a visita da equipe de reportagem da TV Globo, que registrou pela primeira vez o binômio: esporte e cidadania.

A reportagem foi tema do Jornal Nacional, o que tornou o basquete de rua conhecido nacionalmente. A reportagem enfocou o basquete- espetáculo e a cidadania, por meio das ações sociais envolvidas pela

Liga Urbana de Basquete. Na reportagem, o destaque foi o angolano Pedro Ivo como sua incrível performance no streetball.

Em novembro de 2004, acontecia o I Campeonato de Streetball 2004 – Universia Brasil – O campeonato de basquetebol é realizado pelo Projeto Social Bola Viva com apoio da Unaerp e da Secretaria Municipal de Esportes. ). Ginásio de Esportes da Unaerp – Ribeirão Preto – São Paulo Idealizado pelo Prof. Odivaldo de AssumpçãoAinda em novembro de 2004, a LUB participou do primeiro campeonato de basquete de rua realizado no Rio de Janeiro, durante o Festival HUTUZ, organizado pela CUFA – Central Única de Favelas. A LUB conquistou o primeiro, segundo e quarto lugares da competição. A grande final foi entre duas equipes da Liga Urbana de Basquete, que demonstraram talento e magia do streetball.

Em dezembro de 2005, foi gravada em CD a primeira compilação musical específica para o streetball com artistas oriundos das próprias comunidades, ligados a cultura Hip Hop.

Em janeiro de 2005, o jornalista Chico Silva retrata na revista “Isto É”, os movimentos precursores do basquete de rua no Brasil. Na oportunidade, o povo brasileiro tomava conhecimento do trabalho realizado pela Liga Urbana de Basquete, em especial a semente plantada na Favela de Vigário Geral em parceira com Ong Afro Reggae. “3 contra três – Mania nos Estados Unidos, o basquete de rua chega ao Brasil e invade clubes, parques e favelas” foi a chamada da matéria publicada na edição no. 1839, em 12 de janeiro de 2005.

Uma das mais importantes parcerias, ocorreu com a adesão do experiente técnico de basquetebol, Alberto Bial que a partir de fevereiro de 2005 passou a treinar a LUB, como o seu Head Coach (uma espécie de responsável técnico da Liga Urbana de Basquete). Já em abril de 2005, foram elaboradas as primeiras regras para o streetball, com suporte internacional e nacional, através de Alberto Bial.

Ainda em fevereiro, a LUB era implantada em São Paulo por meio de Alexandre “Paçoca – destacado atleta de streetball da cidade paulista, que fora convidado para conhecer o trabalho da Liga Urbana de Basquete no Rio de Janeiro. Sua permanência nos treinamentos na equipe carioca foi fundamental para assimilar o conceito a ser aplicado em São Paulo na formação do grupo de atletas da Liga Urbana de Basquete paulista.

A partir daí, nascia a idéia da criação de uma equipe em São Paulo. De volta a São Paulo e já com o apoio de profissionais como Prof. Índio, Cesar e Leandro Nascimento, todos apaixonados pela nova modalidade nascia a primeira equipe de streetball de São Paulo, com os melhores atletas arregimentados no Parque do Ibirapuera, entre eles Alexandre “Paçoca”, Adamastor “Adamis”; Aleksandro “Matuchek”; Alex “Marq’s”; Bruno “Maze”; Fabio “Fuzil” Gersinho Filho; Marcelo “Notorius”; Priscila “Pri” Cergol; Rafel “Raf”; Rodolfo “Dodô”; e Luiz “Profeta”, além do apoio do rapper Big Richard.

Os treinos tiveram seu início no Centro Olímpico e atualmente acontece no Clube da Cidade, na zona sul da cidade, com apoio de Magic Paula, atuante na Prefeitura da cidade São Paulo. Na festa de inauguração do campeonato da Nossa Liga do veterano Oscar Schmidt, a LUB SP apresentou para o público presente a arte do basquete de rua, praticado pelos atletas urbanos da cidade e interior.

Em São Paulo, a LUB mostrou que o streetball é esporte para mulher também. A jovem Priscila Cergol, de apenas 16 anos na época e que tem dupla nacionalidade (brasileira e norte–americana), deu o exemplo. Integrante da seleção brasileira cadete, que conquistou, de forma invicta, o Sul Americano em 2005, Cergol leva para as quadras tradicionais toda a malícia e habilidade adquirida com a experiência no basquete de rua. Em 2006, ela trocou Jundiaí por Ourinhos e integrou a equipe juvenil bi-campeão brasileira, que leva o nome da cidade paulista. “Pri” está no momento estudando nos Estados Unidos após brilhante carreira no Brasil.

Em abril de 2005, nascia mais uma equipe de streetball na cidade de São Paulo patrocinada pela empresa de embalagens Tetra Pak. A iniciativa partiu J-Five (J5), um entusiasta do basquete no estado de São Paulo. Após seletiva em 30 de abril de 2005 no Centro Olímpico, foi formada a equipe Tetra Prisma com 10 atletas com diversas características, entre eles os melhores “freestylers” do pedaço.

A equipe treinava seus malabarismos todos os sábados de manhã no Parque do Ibirapuera, na capital paulista, tendo participado do primeiro campeonato nacional de street, organizado pela Liga Brasileira de Basquete de Rua – Libbra, que aconteceu no Rio de Janeiro em agosto de 2005. Para surpresa geral, a equipe foi extinta em julho de 2006, quando não voltaram das férias anunciadas.

Em maio de 2005, acontece em Cruz Alta o I Torneio de Basquete 1 contra 1 – Rio Grande do Sul.

Em maio de 2005, foi lançado o primeiro portal de streetball do Brasil – www.lub.org.br (antes: www.ligaurbana.com.br). O portal se destacou pelo dinamismo e conteúdo consistente, com abordagem ampla sobre a cultura urbana, com foco no basquete de rua praticado no mundo. A empatia do público usuário com o site foi total, o que possibilitou a margem de 1 milhão de hits (acessos) no site logo nos primeiros meses de lançamento. (Atualmente o site recebe cerca de 2 milhões de hits mensalmente – dez/06)

Em julho de 2005, pleno verão americano a LUB participou de atividades nos USA a convite da comunidade do Harlem, bairro negro da cidade de Nova York, celeiro do streetball no mundo. Contatos com a EBC – Entertainers Basketball Classic – foram estabelecidos no sentido de alavancar o streetball na conexão Brasil e USA. A LUB visitou as quadras de Rucker Park, no bairro negro do Harlem, considerado o celeiro do streetball no mundo. O anfitrião em solo americano foi o apresentador-comentarista Fabio Malavazzi, brasileiro residente nos USA que por muito anos transmitiu os jogos da NBA para o Brasil pela ESPN.

No segundo trimestre de 2005 nascia mais uma liga de streetball. A Liga Brasileira de Basquete de Rua – Libbra com apoio da Central Unica de Favelas – CUFA que organizou em âmbito nacional com apoio das Organizações Globo e Eletrobrás o primeiro campeonato de basquete de rua do país. Na oportunidade a LUB não foi convidada a participar da competição que teve como campeã a equipe paulista formada pela AND 1 no Brasil. Um detalhe a ressaltar foi a introdução do basquete de rua de forma espontânea no Festival Hutus de 2001, por iniciativa de alguns apaixonados pelo esporte.

Agosto de 2005 – A LUB é reconhecida como uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público dirigida a atividades de cultura urbana, com foco no basquete praticado nas ruas, conforme credenciamento do Governo Federal (Ministério da Justiça).

Em setembro de 2005, a LUB lançou o seu primeiro CD com músicas alusivas ao basquete de rua. Entre os artistas que participaram, o destaque para o rapper Sooblime do interior paulista; os cariocas Mr. Break, Banda Dughettu, AC e Mariana Rangel e Carlinhos Trumpete; e da baixada fluminense, os rappers Kapella e Slow da BF.

Em setembro de 2005, acontece o I Torneio de Streetball Cristóvão Colombo/CLQ em Piracicaba – São Paulo.

Em outubro de 2005, em parceria com o Grupo Cultural Afro Reggae, tem início a primeira escolinha de streetball do Brasil, dentro da comunidade de Vigário Geral. Crianças e adolescentes são treinadas por atletas /monitores da Liga Urbana de Basquete.

Ainda em outubro de 2005, a LUB participa em Minas Gerais, em parceira com o Afro Reggae das escolinhas de streetball para policiais militares dentro do projeto Juventude Polícia. Monitores/atletas de streetball da LUB treinaram policiais militares nas oficinas com vistas a capacitá-los a desenvolverem o basquete de rua nas comunidades de Belo Horizonte. O objetivo principal é aproximar a polícia da comunidade e principalmente facilitar a relação entre os jovens e os policiais mineiros.

Em novembro de 2005 acontece o I Torneio de Streetball de Paraty, onde a LUB sagrou-se campeã da competição – Paraty / Rio de Janeiro

Em dezembro de 2005 acontece a Ocupação LUB Basquete de Rua no Aterro do Flamengo em parceira coma Red Bull – Rio de Janeiro.

Em janeiro de 2006, a convite da Prefeitura de Friburgo e o SESC Friburgo a LUB participa com muito sucesso do Festival de Verão da cidade, Foi o marco do Projeto Estrada LUB que estabeleceu o conceito do streetball itinerando por várias regiões.

Em fevereiro de 2006 a LUB recebeu na categoria Projeto Social, o Prêmio Destaque Empreendedor Sustentável CONJOVE concedido pelo Conselho de Jovens Empreendedores da Associação Comercial do Estado do Rio de Janeiro.

Em fevereiro de 2006, acontece o I Torneio de Streetball em Caraguatatuba – São Paulo.

Em março de 2006, acontece o I Torneio de Streetball em Niterói – Rio de Janeiro

Em março de 2006, em parceria com o SESC Friburgo a LUB é implantada a primeira escolinha de streetball da região serrana.

Em abril de 2006 em parceira com o Jornal O Dia/Ataque LUB participa das Olimpíadas da Baixada. O evento e o maior evento esportivo da baixada fluminense.

Em maio de 2006, a LUB participa do Dia do Desafio, em parceira com o SESC Rio de Janeiro e SESC São Paulo.

Em junho de 2006, acontece o I Torneio de Streetball 3on3 de Rio Claro – São Paulo.

Em julho de 2006, uma das crianças da escolinha de Vigário Geral foi selecionada para estrelar um comercial da Adidas a ser exibido no exterior. O pequeno Anderson foi o destaque, dentre as várias crianças oriundas do basquete tradicional, praticado nos clubes.

Em julho de 2006, acontece o I Torneio Aberto de Streetball em Curitiba – Paraná.

Em julho de 2006, acontece a Seletiva Final da Sebar da Libbra – São Paulo Capital.

Em julho de 2006, a LUB participou da Feira Francal em São Paulo. Na oportunidade a parceira foi estabelecida com a NBA, por meio de sua licenciada a GVD Sports.

Em agosto de 2006, a LUB participa do evento MC Dia Feliz em parceria com o Instituto Ronald MacDonald’s com vista ao cumprimento da Responsabilidade Social.

Em agosto de 2006, acontece a Seletiva de Basquete de Rua da Libbra – Florianópolis – Santa Catarina.

Em agosto de 2006, acontece o Torneio de Streetball em Piracicaba para atletas de 12 a 16 anos – São Paulo.

Em agosto de 2006, acontece o Torneio de Streetball da Unoeste – São Paulo.

Em setembro de 2006, em parceria com a Ong Crescer e Viver, a LUB concebe a primeira meia quadra oficial de streetball nas dependências das instalações da Crescer e Viver na Praça Onze, no Rio de Janeiro. Na oportunidade foi implantada mais uma escolinha de streetball para atender os jovens da comunidade local.

Em setembro de 2006 no Rio de Janeiro, com a participação várias equipes acontecem as várias etapas do campeonato da Libbra com apoio da Rede Globo de Televisão.

Em setembro de 2006 em Ribeirão Preto, com a participação de várias equipes acontece o I Torneio Interno Bola Viva de Streetball –São Paulo.

Em outubro de 2006 acontece em Jacareí, o jogo exibição entre as equipes Rednose e Mulekes Tupinikins de São José do Rio Preto – São Paulo.

Em outubro de 2006, é realizado o Torneio de Streetball Hutuz promovido pela Libbra no Rio de Janeiro.

Em outubro de 2005 acontece o Torneio Interno de Streetball da Sociedade Esportiva Palmeiras – São Paulo.

Em outubro de 2006, a LUB participa da Ação Fla-Esperança II, em parceira com o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e o Clube de Regatas do Flamengo. O objetivo do projeto foi uma ação de solidariedade com a população da comunidade da Rocinha no Rio de Janeiro.

Na última semana de outubro de 2006 a LUB participou da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia que mobilizou vários locais do estado do Rio de Janeiro. A parceria foi estabelecida com o Ministério da Ciência e Tecnologia.

Em outubro de 2006 a LUB participa do programa Tribos do canal a cabo Multishow.

Em novembro a LUB participa da programação da TV Record no Rio de Janeiro.

Em novembro de 2006 a LUB participa das solenidades de comemoração do Dia Nacional da Consciência Negra no monumento Zumbi dos Palmares no Rio de Janeiro.

Em novembro de 2006 acontece o 2º. Torneio de Streetball de Nova Odessa, quando a USC – União Street Campinas sagrou-se campeã do evento realizado em São Paulo.

Em novembro a LUB sagrou-se campeã do I Desafio de Streetball de Volta Redonda, município do estado do Rio de Janeiro. O projeto em questão é o Estrada LUB, que tem o objetivo de divulgar o esporte participando de clínicas, torneios e exibições de streetball.

Em novembro a LUB foi a vencedora do Desafio de Streetball de Campos, disputado entre a Liga Urbana de Basquete e a equipe NBR de Campos, município do estado do Rio de Janeiro. O projeto Estrada LUB, teve o objetivo de divulgar o esporte participando de clínica e exibição de streetball.

Em dezembro de 2006 aconteceu o Torneio de Streetball e Show de Rap de Indaiatuba – São Paulo.

Em dezembro de 2006 aconteceu o Torneio Interno de Streetball de Curitiba – Paraná.

Obs: A listagem acima foi elaborada de forma imparcial. A não inclusão de qualquer evento que tenha sido realizado visando o fomento do streetball, será levado em conta em outra publicação. Teremos o maior prazer em incluir a matéria em questão. Por favor sinta-se a vontade para nos informar pelo email info@lub.org.br.

A AND 1 no Brasil

Em janeiro de 2005, a AND 1 Brasil iniciava suas atividades no âmbito nacional. Com objetivos similares a matriz americana, a AND 1Brasil, tem sua atuação voltada para o desenvolvimento comercial da sua marca, com base na venda de produtos, como calçados, acessórios e roupas esportivas.

Seus produtos com a qualidade internacional desembarcaram no Brasil para a alegria da galera apaixonada pela proposta da marca.

Em janeiro de 2005 a LUB foi convidada pela AND 1 Brasil para estabelecer a uma parceira promocional e técnica com o intuito de promover o puro “streetball” valendo-se de todo o tipo de ‘move”, sem restrições de regras, no melhor estilo 100% talento.

Foram discutidas as possibilidades da possível parceira, o que não aconteceu após alguns meses de análise das propostas por ambas as partes. Encerradas as negociações a AND 1 Brasil optou em formar sua equipe, convidando alguns atletas da LUB São Paulo, entre eles os “ballers” Profeta, Adamastor e Gersinho. E recentemente, em setembro de 2006, o jovem Cauê de 16 anos, ex-atleta da Liga Urbana de Basquete de São Paulo se transferiu para a equipe da AND1 Brasil.

Em 22 de janeiro de 2006, com sua equipe principal a AND 1 se apresentou no ginásio do Ibirapuera para uma platéia de 10 mil pessoas. Na bagagem altos “moves” e show de estrelas como Grayson Boucher aka The Professor. Um fato marcante foi a performance de um desconhecido jovem de 16 anos chamado Bauruzinho que deu um “move” sensacional em cima da fera americana The Professor. Uma jogada foi suficiente para o jovem atleta sair consagrado pela platéia que lotava o ginásio do Ibirapuera.

Foi uma consagração. Com muita habilidade e movimentos rápidos, o atleta brasileiro levantou o ginásio recebendo aplausos de pé dos 10 mil presentes, que chegaram inclusive a esboçar um grito de “Brasil, Brasil!”.

O basquete de rua e outras mídias

Neste capítulo nós vamos dar uma geral do relacionamento do streetball com as várias mídias disponíveis.

As atividades do streetball ou basquete de rua tiveram inicialmente o advento da mídia eletrônica, leia-se canais de televisão aberta e fechada (TV a cabo). Coube a LUB a partir de 2004 abrir esta mídia e despertar a atenção dos espectadores com suas equipes do Rio de Janeiro e de São Paulo.

Presença constante na imprensa, a LUB tem participado de programas de televisão como: Jornal Nacional e Mais Você (TV Globo), SBT Brasil e SBT Rio (SBT), Fala Brasil e Informe Rio ( Rede Record), Band Rio( TV Bandeirantes), Rede TV, Stadium (TVE), Sport TV e Multishow; e na mídia impressa nos veículos Revista Época, Revista Raça, Isto É, Jornal dos Sports, Lance, O Dia, Extra, Estadão, O Globo entre outros.

Cinema

Entre os películas existentes na área do streetball, o destaque vai para os filmes “Rebond”e “Crossover”. Lançado em 1996, Rebond : The Legend of Earl “The Goat” Manigault é um drama que retrata a biografia do lendário Earl Manigault, um brilhante e incomum jogador de basquete, que jogou a fora do futuro promissor ao se envolver com drogas e se tornar viciado. Tudo começa no bairro negro do Harlem, em 1959, onde o garoto é ajudado por Holcolm Rucker (Whitaker), um zelador que vê nele todas as chances de glória. Contudo, Earl se deixa levar pelas más companhias, e inicia uma trágica ligação com as drogas. Quem jogou com ele, antes do vício, afirma que ele foi o melhor de todos os tempos… No elenco Don Cheadle , Forest Whitaker , James Earl Jones e a direção de Eriq La Salle

Já “Crossover” é sem dúvidas o primeiro filme de qualidade de streetball lançado em setembro (2006) nos cinemas americanos, com a participação do baller Hot Sauce. O filme aborda uma disputa entre rivais de streetball em uma liga subterrânea, onde tudo pode acontecer. Só interessa a vitória.

Temos inúmeros filmes sobre basquetebol, mas nenhum caminha sobre o fascinante e excitante mundo do streetball, que tem crescido bastante em popularidade nos últimos anos em todo o mundo. “Crossover” se parece com o filme já conhecido da galera, “Os homens brancos não sabem enterrar”… A história focaliza uma liga de streetball subterrânea, onde a esperança de jogador novato para a NBA, Noah Cruise (Wesley Jonathan) recebendo ajuda de Tech (Anthony Mackie) vencem a parada contra o rival Jewelz (Philip “Hot Sauce” Champion). O filme é dirigido por Preston A. Whitmore II.

Sobre basquetebol com pitadas de streetball, destacamos os seguintes filmes: “Above The Rim” de 1994, com a participação de Tupac Shakur; White Men Can’t Jump ( Homens brancos não sabem enterrar de 1992, com Wesley Snipes; Sunset Parke de 1996; Like Mike de 1995 e 2002; Hoops Dreams, documentário de 1994; Rebound – Earl “The Goat” Manigault de 1996; He Got Game de 1998 com Denzel Washington; Coach Carter de 2005, com Samuel Jackson; Michale Jordan – To the Max de 2000; Love and Basketball de 2000; e The American Hero com Michael Jordan em 1999.

DVD

Neste formato, temos as consagrados mixtapes da And 1 e inúmeros títulos sobre o tema. Coube a AND1 lançar o primeiro tape sobre streetball a partir de uma compilação de jogadas gravadas em Rucker Park em 1997com o streetballer Skip to My Lou.

No verão de 1999, Skip se tornaria o maior personagem do mundo do streetball, com seus “moves” lançado na primeira mixtape da desconhecida AND 1 que a utilizou como o objetivo promocional para alavancar as vendas dos seus produtos.

Outros lançamentos ilustram o universo do streetball, o novo DVD independente Shoot Out; e os antigos Streetball – Confidential Vol 1 , com Baron Davis, Headache e The Game; Mix Tapes AND 1; 2 Street 2 Freestyle; Ballin’Outta Control; Ball Above All; Ball or Fall; Nike Battlegrounds; Inside Streetball – NYC Streetball 2005; entre outros.. No Brasil ainda não há registro de produção profissional sobre o tema. A LUB está preparando seu DVD que será lançado em 2007.

Televisão

As TVs a cabo são as que mais investem no streetball com séries específicas. Com produção da ESPN Internacional, o público brasileiro vem assistindo a série CITY SLAM que é transmitida de várias cidades americanas sobre um campeonato de enterradas com alguns dos melhores jogadores de streetball do Estados Unidos

Várias reportagens foram feitas abordando o basquete de rua no Brasil, mas só um único programa foi feito especificamente sobre o streetball. Daniele Suzuki comandou o programa Tribos – Streetball, veiculado pelo canal a cabo Multishow em outubro de 2006. O programa abordou o universo do streetball a partir da Liga Urbana de Basquete – LUB e da Liga Brasileira de Basquete de Rua – Libbra. No Brasil nenhuma série foi produzida ainda sobre o tema.

Mangá e Animé

Mangá é o nome dado às histórias em quadrinhos de origem japonesa. A palavra surgiu da junção de outros dois vocábulos: man, que significa involuntário, e gá, imagem.

Os mangás se diferenciam dos quadrinhos ocidentais não só pela sua origem, mas principalmente por se utilizar de uma representação gráfica completamente própria. Das publicações americanas sobre o tema destacamos: Orts, Harlem Beat e Rebound.

Animé é o nome dado à animação japonesa. A palavra Animé tem significados diferentes para os japoneses e para os ocidentais. Para os japoneses, animé é tudo o que seja desenho animado, seja ele estrangeiro ou nacional. Para os ocidentais, anime é todo o desenho animado que venha do Japão.

SLAM DUNK é o mangá e animé de maior sucesso na vertente do basquetebol/streetball. Ele conta a história de um adolescente rebelde, Hanamichi Sakuragi, um garoto que mete medo em seus colegas de escola, mas que não consegue conquistar nenhuma menina. Sakuragi se apaixona por Haruko, que é apaixonada por basquete. Para impressioná-la ele começa a jogar e rapidamente desenvolve uma enorme paixão pelo jogo. Apesar de ser alto e forte, Sakuragi não sabe jogar e seus colegas de times tentam convencê-lo a treinar forte antes de tentar jogadas mirabolantes em frente à torcida. Detalhe importante: o autor do mangá é ninguém menos que o consagrado Takehiko Inoue, responsável pelo fantástico “Vagabond” A Paixão de Takehiko Inoue pelo basquete pode ser vista em seu trabalho.

Publicações impressas

Entre as revistas específicas sobre streetball, temos as famosas “SLAM Streetball Magazine” e a “Bounce Magazine” que saem mensalmente nas bancas americanas.

No Brasil, não se tem notícia de uma publicação específica sobre o tema. Algumas revistas que abordam o tema da cultura urbana, como a Rap Brasil e a recém lançada Street Magazine publicam algumas matérias sobre streetball ou basquete de rua.

Os livros recomendados sobre streetball são do autor Chris Palmer com o título “And1 Streetball: All the Ballers, Movers, Slams, and Shine,” e ‘Asphalt Gods” do autor Vicent M. Mallozzi. Versão disponível só no idioma inglês.

Música

Este tema é mais vasto de todas as mídias. São inúmeras as músicas que abordam o tema sobre basquetebol e streetball. No tema streetball, destacamos: “The Takeover – Volumes 1, 2, 3 e 4”, estrelando os DJs Action Pac e TY Boogie; e no tema basquetebol temos “Troubled Smile” – música tema de Kobe Briant; Shaquille O’Neal – Respect; B Balls Best Kept Secrets; e a música He got Game (Hoop Dreams) com Snoop Dogg.

No Brasil, a única compilação que se tem notícia é o CD com temas alusivos ao streetball, lançado pela Liga Urbana de Basquete em 2005. Incentivando a cultura Hip Hop, o CD Som Das Ruas é o projeto que reúne em uma coletânea artistas urbanos das mais diferentes regiões do Brasil e até do exterior, expressando musicalmente o som das ruas nas suas mais variadas diversidades culturais.

Cabe lembrar que o CD Som das Ruas foi utilizado como um material inteiramente invendável, focado para divulgação em rádios, casas noturnas e eventos. A seguir o comentário do colunista web DJ TR, escritor e especialista em Cultura Hip Hop:

“O estilo do vestuário, o cabelo, e até mesmo o modo de falar se tornaram características recíprocas de duas culturas híbridas oriundas dos guetos afro-americanos: o ‘streetball’ e o ‘hip-hop’. Os nomes Dughettu, Mr. Break, AC, Sooblime, Kapella e Slow da BF’ protagonizam a trilha sonora que pouco a pouco vem conquistando a atenção de DJs e públicos entusiastas do streetball e do hip-hop. Acompanhando a temática do basquete de rua, todas as faixas se tornam uma ode ao ambiente que se forma nas quadras, com extensão para as FMs, sons de carro e casas noturnas… Faixas como ‘A Rua Virou Quadra’, da banda carioca de hip-hop-soul Dughettu; ‘Essa Foi de 3 Pontos’, do Rapper paulistano Sooblime e ‘LUB.BR’, do MC-Rapper carioca ‘Mr. Break’, o balanço charme “Pra Vencer” de Carlinhos Trumpete são alguns dos destaques deste projeto.”

Internet

Com certeza a internet é a mídia que mais promove a cultura do streetball. São inúmeros os sites que abordam o tema, muito embora só poucos traduzem fielmente a temática como ela se propõe. No mundo, os sites de streetball que mais se destacam são EBC, AND 1, SLAM NATION, STREETBALLIN; DIME MAGAZINE; YPA WORLD; THE HOOPTAINERS; STREETBALL UK; INSIDE HOOPS; SBA – PLAY GROUNDZ; STREETBALL ONLINE; HOOPSVIBE; HARLEM GLOBETROTTERS; MELBOURNE STREETBALL FOUNDATION; E MADGAME HOOPS.

No Brasil, temos portais e sites que diferem-se pelo seu conteúdo e a velocidade da informação que se propõem. Destacamos os sites STREETBALL SUMARÉ CAMPINAS e OS DIPLOMATAS como referências consistentes no tema streetball.

Já como portal, temos três propostas: o recém lançado www.basquetederua.com.br, produzido pelo site Real Hip Hop; o www.cufabasquetederua.com.br da Central Única de Favelas; e o portal pioneiro www.lub.org.br que vem se destacando nacional e internacionalmente, conseguindo a marca de 2 milhões de hits e 13 mil páginas (page views) mensais entre os seus diversos usuários.

O basquete de rua é a continuidade do basquete de quadra…

O basquete de rua dá ao jogador a liberdade de criar e improvisar jogadas espetaculares. O streetball é a continuação do basquete de quadra, onde são valorizadas, principalmente, a habilidade e criatividade de cada atleta. Com regras menos rígidas do que o basquete de quadra, o basquete de rua pode ser jogado com qualquer tipo de formação; desde o um contra um até o 5 contra 5. No entanto, entre as disputas mais comuns está o 3 contra 3, que é o torneio mais conhecido no Brasil. No streetball a altura não é fator indispensável, e sim a habilidade técnica e de improvisação de cada atleta.

Modalidade bastante comum nos Estados Unidos, os “rachas” ou peladas de basquete podem ser jogados em praças ou ruas de qualquer cidade do país, sempre embaladas pelo som do Rap. E quem assiste a uma dessas disputas tem a garantia de presenciar um verdadeiro espetáculo, cheio de disputa, jogadas inesperadas e enterradas sensacionais.

O atleta de basquete de rua, mais caracterizado pela disputa individual, tem que ter, entre outras qualidades, alegria e equilíbrio, por que a qualquer momento um atleta de rua pode levar uma jogada inesperada e, para isso, ele precisa do fairplay (espírito de desportividade) necessário para quem pratica qualquer esporte, em especial o streetball.

O basquete de rua já é uma realidade no Brasil, mas faltam ainda muitos passos para alcançar a projeção que tem nos EUA, como ofertas de patrocínio e espaço para divulgação do esporte.

Alberto Bial, a garantia profissional de quem entende da modalidade

No Brasil, as primeiras regras de streetball foram criadas por Alberto Bial, que tem 34 anos de experiência como técnico de basquete. Bial não se cansa de passar suas mensagens tanto nas quadras, quanto fora delas, através de projetos educativos sociais que têm o intuito de plantar a base de um aprendizado em cada comunidade, escola ou grupo.

Assim é o trabalho na LUB, que faz apresentações em diversas comunidades carentes e leva a filosofia do streetball para aqueles que não têm oportunidade. “É importante você dar oportunidade a esses jovens de comunidades mais carentes. É uma maneira de aumentar a auto-estima e de oferecer oportunidades a essas pessoas”, disse o Head Coach da Liga Urbana de Basquete.

Segundo Bial, o streetball facilita essa integração com as áreas desfavorecidas porque está muito próximo da realidade vivida por essas pessoas. “Nos Estados Unidos, as pessoas já vivem do basquete espetáculo, com jogadas ensaiadas. O Harlem Globetrotters é bem próximo do que a LUB está disseminando no Brasil. Além disso, é mais fácil de ser levado a essas áreas”, explica Alberto Bial.

Além de ações sociais, Alberto Bial sempre teve a preocupação de ver cada ser como uma pessoa diferente, porém com as mesmas possibilidades de crescimento dentro de suas individualidades, visando extrair o melhor. .

Glossário do Streetball

Ala – jogador que normalmente recebe a bola do armador, atua mais pelas laterais da quadra.

Andar – violação marcada quando o jogador que está com a posse de bola dá mais do que dois passos sem levá-la ao chão. Outra situação em que a violação pode ser marcada é quando a pessoa recebe a bola, permanece com ela por mais de um segundo e então, sem quicar a bola, dá dois passos.

Armador – esse é o jogador que dirige o time e é quem fica mais tempo com a bola nas mãos; é o armador que passa as ordens do treinador para o time, além de organizar jogadas ofensivas e realizar os contra-ataques.

Arremesso – tentativa de marcar pontos jogando a bola na cesta.

Assistência – um passe dado a um companheiro que resulta em cesta.

Baller – jogador de basquete

Bandeja – neste texto, o arremesso em que o jogador se aproxima bastante da cesta, apenas “largando” a bola, com ou sem o uso da tabela.

Bola ao ar – bola jogada ao alto pelo árbitro para que dois jogadores adversários possam começar ou recomeçar o jogo.

Bola Presa – ocorre quando dois jogadores pegam a bola ao mesmo tempo, e nenhum deles está disposto a soltá-la. Então, o árbitro efetua a “bola ao ar” para que o jogo continue.

Caneta – jogada característica como no futebol. O jogador joga a bola entre as pernas do adversário.

Cesta de três – arremesso que vale 3 pontos e que tem de ser executado antes da linha do três, que fica a 6,25m da tabela. Na NBA essa distância é de 7,24m.

Corta-luz – ocorre quando um jogador coloca-se à frente de um adversário impedindo que este marque um companheiro de sua equipe.

Crossover – Mudança de direção que tira o jogador de jogada, É a principal jogada do street, e sua principal vantagem é a quebra da defesa, quando o jogador que está com a bola a quica de um lado para o outro, usando uma mão e depois a outra

Enterrada ou dunk – jogada em que o atleta toca ou até se agarra ao aro depois de “enfiar” a bola na cesta, ou “socar” a bola na cesta com uma ou duas mãos. jogada que levanta o público, a enterrada é marcada pela junção de força e plasticidade. O atleta precisa ter bastante impulsão e criatividade para tornar o lance ainda mais especial.

Head Pop – ocorre quando o jogador joga a bola na cabeça do adversário

Hurrycane – passar a bola com a mão direita entre as pernas, só que por trás, até o lado esquerdo. O balanço da jogada faz com que ela pareça uma dança.

Juggles – são os malabarismos feito com a bola, geralmente feito no “freestyle”

Jump shot – em posição de equilíbrio, o jogador flexiona as pernas, pula e arremessa no ar.

Linha de lance livre – a linha que marca o lugar no qual os atletas devem arremessar a bola quando sofrem faltas passíveis de lance livre.

Linha dos três pontos, linha de três – um arco na quadra feito a 6,25 m da cesta; os arremessos feitos detrás dessa linha valem três pontos.

Na NBA essa distância é de 7,24m.

Pivô – posição usualmente ocupada pelo maior jogador da equipe, que joga pelo meio do garrafão, é o centro das jogadas de ataque e o principal responsável pelos rebotes.

Ponte aérea – um jogador joga a bola para o alto e perto da cesta. Um outro jogador da mesma equipe pega a bola (no ar) e enterra. É lindo!

Rebote – recuperação de uma bola que bateu na tabela (placa retangular que sustenta o aro) e não entrou na cesta. Pode ser tanto no ataque quanto na defesa.

Recuperação – ocorre quando um jogador rouba a bola do adversário e inicia um ataque.

Trotters – os Globetrotters, saudoso time de exibição do basquete-arte.

Obs – Grande parte das ações citadas fazem parte do basquete tradicional ou de quadra.

Regras de streetball para meia quadra

1. Contagem de pontos

1.1 Qualquer cesta dentro da área de 3 pontos valerá 1 ponto (um ponto).

1.2 Qualquer cesta feita com arremesso fora de área de 3 pontos valerá 2 pontos (dois pontos).

1.3 Ao termino do jogo, as faltas serão computadas e cobradas em lance livres.

1.3.1 Falta sem cesta – cada falta acumula DOIS lances livres para equipe ao termino da partida.

1.3.2 Falta com cesta – cada falta acumula UM lance livre para equipe ao termino da partida.

2.Tempo de posse e jogo

2.1 Cada partida terá a duração de 20 minutos (vinte minutos) ou vinte e um (21) pontos.

2.2 Não há limite de posse de bola.

3.Regras gerais.

3.1. Cada vez que a posse de bola se alternar, o detentor da mesma, deve “limpar a jogada” levando a bola para fora da linha de 3 pontos.

3.2. O atleta pode conduzir, andar ou cometer infrações quando estiver com a posse de bola desde que não utilize estes dribles para partir para a cesta ou finalizar com arremesso.

3.3 O espírito da desportividade (fairplay) deve ser sempre colocado em primeiro lugar, respeitando a integridade física e moral do adversário . Cabendo punição aqueles e a suas equipes que não cumprirem esta norma.

Estas regras já foram utilizadas com muito sucesso, tornando o jogo alem de competitivo, mais dinâmico e descontraído, sem perder o seu caráter de formação educacional e social que é inerente ao basquetebol como esporte, em torneios no Brasil, Dallas-US e Harlem-US.

Regras de streetball para quadra inteira

1. Tempo de jogo e posse

1.1. O jogo terá quatro períodos, sendo que cada período terá 12 (doze) minutos corridos de duração. Com intervalos de 5 e 10 minutos entre os quartos.

1.2. Tempo de posse de bola por ataque será de 30 segundos.

1.3. Tempo para se cruzar a linha média será de 10 segundos.

1.4. O atleta poderá permanecer mais de 5 segundos com a posse de bola desde que neste período esteja praticando algum movimento específico do Streetball.

2. Regras específicas para aplicação dos dribles.

2.1. Cada movimento de Streetball terá duração máxima de 3 segundos, após este período será computada uma infração.

2.2. O “drible” poderá ser usado apenas na finta, na construção da jogada. Na passada para bandeja ou em qualquer outro movimento que vise a cesta, qualquer movimento fora do basquete tradicional será considerado uma violação.

2.3. Será considerada falta de ataque qualquer contato físico mais violento aplicado pelo atacante sobre defensor, na tentativa de aplicar o drible.

As demais regras do basquete de quadra ficam mantidas até segunda análise, podendo ser alteradas, de acordo com as necessidades e desenvolvimento do esporte.

Organizando um campeonato de streetball

Tenhamos como base um campeonato com oito equipes. Normalmente, nada impede termos mais equipes, o que irá alterar a composição da tabela. Mas vamos na estrutura abaixo para sua organização.

Tabela de jogos para um torneio com oito equipes no sistema de eliminatória simples

1) Os jogos poderão ser jogados nos formatos 2×2; 3×3; 4×4 e 5×5, em meia ou quadra inteira.

2) O sistema a ser adotado será o de eliminatória simples. Será eliminado o time que perder as partidas na competição.

3) Se considerarmos o torneio com 8 equipes no formato 3×3, teremos a seguinte tabela:

Eliminatórias

Jogo 1 ………… Equipe 1 x Equipe 2

Jogo 2 ………… Equipe 3 x Equipe 4

Jogo 3 ……….. .Equipe 5 x Equipe 6

Jogo 4 ………… Equipe 7 x Equipe 8

Quartas de final

Jogo 5 ………… Vencedor Jogo 1 x Vencedor Jogo 2

Jogo 6 ………… Vencedor Jogo 3 x Vencedor Jogo 4

Jogo 7 ………… Vencedor Jogo 5 x Vencedor Jogo 6

Jogo 8 ………… Vencedor Jogo 7 x Vencedor Jogo 8

Semi-final

Jogo 9 ……….. Vencedor Jogo 5 x Vencedor Jogo 6

Jogo 10 ………. Vencedor Jogo 7 x Vencedor Jogo 8

Final

Jogo 11 ……….. Perdedor Jogo 9 x Perdedor Jogo 10 – Disputa de Terceiro Lugar

Jogo 12 ……….. Vencedor Jogo 9 x Vencedor Jogo 10 – Disputa de Campeão e Vice-campeão

Regras do jogo

01) Cada equipe é formada por quatro jogadores/ras (3 titulares e 1 reserva).

02) As partidas não terão árbitros e sim controladores. Os controladores terão responsabilidades sobre os pontos e o tempo das partidas, intervindo só em caso de controvérsia.

03) A falta só poderá ser chamada pelo jogador que sofreu.

04) A partida se joga em uma só cesta e em uma só metade da quadra.

05) A posse de bola inicial é determinada por sorteio; a ação de ataque deve começar no meio da quadra, e após uma cesta ou falta, a equipe oponente terá a saída em qualquer posição lateral da quadra.

06) Vale cesta de rebote ofensivo.

07) O atleta pode conduzir, andar, tocar a bola com os pés quando estiver com a posse de bola, desde que não utilize estes dribles para partir para a cesta ou finalizar com arremesso.

08) Vence o jogo quem fizer 21 pontos antes dos 10 (ou 20) minutos corridos.

09) No caso do jogo terminar em 10 minutos e nenhuma das equipes ter feito os 21 pontos, será realizada a série de lances livres das faltas acumuladas durante o jogo.

10) Enterradas serão permitidas desde de que o atleta não segure ou pendure-se no aro, sob pena de anulação do ponto e/ou desclassificação da equipe.

Faltas

Coletivas

11) Falta sem cesta – cada falta acumula dois lances livres.

12) Falta com cesta – cada falta acumula um lance livre.

Individuais

13) 3 faltas – o jogador será eliminado do jogo.

Contagem de pontos

14) Qualquer cesta dentro da área de dois pontos valerá um ponto;

15) Qualquer cesta feita com arremesso fora da área de três pontos valerá dois pontos;

Posse de bola

16) No caso de uma equipe voluntariamente não fizer ação de ataque em direção a cesta, será advertida pelo controlador, se continuar não fazendo à ação de ataque, será penalizada com a perda da posse da bola.

Substituições

17) A substituição entre os quatro integrantes da mesma equipe ficará a critério da equipe sem interrupção do jogo e sem a autorização da mesa controladora.

Uniforme

As equipes deverão utilizar seus próprios uniformes ou coletes disponíveis do evento.

O espírito esportivo deve ser sempre colocado em primeiro lugar, respeitando a integridade física e moral do adversário. Cabendo punição àqueles e a suas equipes que não cumprirem as normas.

Qualquer atitude considerada pela Comissão Organizadora como anti-desportiva ou violenta, seja contra membros da organização,controladores, adversários, companheiros de equipe ou público presente será punida com a desclassificação imediata da equipe.

Comissão Organizadora

Mesário – 1 para cada dois jogos em meia quadra.

Controladores – 2 no total, sendo 1 para cada jogo em meia quadra.

Construindo uma quadra de streetball

Para os interessados em construir uma quadra de streetball, a LUB preparou o passo-a-passo para facilitar o processo. Acompanhe:

A quadra oficial de basquete, mede 28x14m. A do streetball caracteriza-se pelo fato de poder jogar em meia quadra oficial ou não, nas formações 1versus1, 2versus2 e 3versus3.

O espaço para a prática do streetball requer muita das vezes criatividade, tendo em vista que ela pode ser praticada em pequenos espaços. Outra forma muito utilizada é a sua prática em quadra inteira onde os adversários competem nos formatos 4versus4 e 5versus5.

As medidas básicas para a quadra de streetball em meia quadra, podem ser baseadas nos aspectos, abaixo, levando-se a necessidade de adequar o melhor formato de competição ao tamanho disponível da quadra:

Quadra de Jogo

Tamanho mínimo: 12 metros de largura por 12 metros de comprimento. A quadra de jogo deverá estar a 2 metros de qualquer obstáculo.

Tamanho ideal: 14 metros de largura por 14 metros de comprimento. A quadra de jogo deverá estar a 2 metros de qualquer obstáculo.

A altura mínima do teto ou da obstrução é de 7 metros.

Iluminação

A iluminação deverá ser uniforme com luminosidade suficiente para a prática esportiva. No caso de um ginásio, recomenda-se uma iluminação com 1200 lux.

A Tabela

Sua base fixa ao solo, de preferência única para receber a tabela que poderá ser em madeira ou vidro temperado. Seu formato poderá ser de duas maneiras: O tamanho oficial de uma tabela de basquete ou em

tamanho menor, adequado apenas para a prática do streetball. As linhas que demarcam as tabela terão 5 cm podendo ser pintadas de branco ou obedecer um designer bem “street” ( visual “underground” encontrado nas ruas). A tabela deverá estar colocada a 1,20 metros de distância da linha final e a 2,9 metros de altura. A altura do aro ao piso da quadra será de 3,05 metros.

Aro

O aro deve ser de metal, de cor laranja ou preto, deve ter 45 cm de abertura e espessura de 1,6 a 2 cm. O suporte que prende o aro a tabela deve possuir 15 com. Existem dois tipos de aro: o fixo e o retrátil. Este último permite maior flexibilidade do aro na prática dos “dunks” (enterradas). Para o streetball recomenda-se o aro retrátil que dispõe de um sistema de molas, evitando a quebra do aro fixo quando se enterra ou pendura-se no aro.

Linhas

As linhas deverão ter 5 cm de largura, claramente visíveis e desenhadas na mesma cor, de preferência na cor branca.

Dentro das linhas demarcatórias da quadra de jogo que medirá 18 x 18 metros, teremos as linhas de jogo que medirão 14 x 14 metros. Ou seja, teremos 2 metros de área de escapamento, livre de obstáculos.

Consulta de equipamento esportivo

Empresas nacionais que fabricam tabelas móveis e fixas, entre outros equipamentos:

www.rapini.com.br

www.pequita.com

www.recomind.com.br

www.vitally.com.br

www.bolar.com.br

Links de Streetball

AND 1 – www.and1.com.br

BALL IS LIFE – www.ballislife.com

EBC – www.ebcsports.com

DIME MAGAZINE – www.dimemag.com

DIPLOMATAS – www.diplomatas.com

DUNK DONK – www.dunkdonk.nl

DUNKALICIOUS – www.dunkalicious.com

ELEVATIONMAG – www.elevationmag.com

HARLEM GLOBETROTTERS – www.harlemglobetrotters.com

HOOP CULTURE – www.hoopculture.com

HOOPSVIBE – www.hoopsvibe.com/streetball

HOOPTAINERS – www.fastbreaknyunltd.com/jboogie/

HOLLYWOOD KNIGHTS – www.hollywoodknights.com

INSIDE HOOPS – www.insidehoops.com

LIBBRA – www.libbra.com.br

LUB – www.lub.org.br

MADGAME HOOPS – www.madgamehoops.com

MELBOURNE STREETBALL FOUNDATION -www.msfbasketball.com

NIKE FREE STYLE – www.nike.com/freestyle

PLAY GROUNDZ – www.theplaygroundz.net

SBA – www.streetbasketballassociation.net

SLAM NATION – www.slamnation.net

SISTA HOOPS – www.sistahoops.com

STREETBALLIN – www.streetballin.net

STREETBALL FANATICS – www.streetballfanatics.com

STREETBALL ONLINE – www.streetballonline.com

STREETBALL STYLE – www.streetballstyle.com

STREETBALL SUMARÉ CAMPINAS – www.streetballsumarecampinas.com.br

STREETBALL UK – www.streetball.co.uk

YPA WORLD – www.ypaworld.com

Qual é a proposta da Liga Urbana de Basquete?

A Liga Urbana de Basquete – LUB é uma organização sem fins lucrativos que reúne jogadores e equipes do Brasil que se propõem a disseminar o basquete de rua por meio de sua paixão e técnica da modalidade que tem forma distinta oriunda do basquetebol no qual são combinadas fundamentais habilidades e muita criatividade.

Com todo o glamour e fascinação do que se encontra na NBA e na NCAA, os talentosos jogadores de streetball ou basquete de rua são cada vez mais admirados. A LUB reconhece e aprecia estes jogadores da rua e os abraça como um fenômeno social que tem se expandido pelo mundo durante décadas.

Este estilo de basquetebol, é jogado no asfalto das ruas, parques, pátios de escolas e nos mais incríveis cenários, como os quintais dos subúrbios, manifestando uma paixão sem igual, conquistando as barreiras geográficas, culturais e econômicas.

O trabalho da Liga Urbana de Basquete é um trabalho endossado por nomes como o consagrado técnico “Alberto Bial” e seu próprio fundador, “Don Filó” (considerado no passado um grande militante na resocialização de sua geração através de sua equipe “Soul Grand Prix”, durante o período do movimento “Black Rio” nos anos 70).

Tudo isso já existe. A novidade que a LUB traz é articular esses elementos numa proposta de ação social. Para levá-la adiante, contamos com o apoio e a parceria de todos aqueles que acreditam ser possível transformar em realidade o sonho de uma sociedade mais justa e mais humana, utilizando para isso os mecanismos que a própria dinâmica da sociedade nos coloca nas mãos.

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2006 –

Contato: asfilofio@lub.org.br

Portal: www.lub.org.br

Esta publicação foi desenvolvida por Asfilófio de Oliveira Filho – Filó. Mentor da Liga Urbana de Basquete – LUB, engenheiro civil com pós-graduação em Propaganda e Marketing pela ESPM/RJ e MBA em Administração Esportiva pela FGV/RJ. O autor publicou os livros “Ciclo de Palestras de Gestão Esportiva” e Mapeamento Esportivo do Estado do Rio de Janeiro” a frente da sua gestão como Secretário de Esporte e Lazer do Estado do Rio de Janeiro e Presidente da Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro – Suderj (Maracanã), no período de abril a dezembro de 2002. Foi também Presidente do Indesp – Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto, braço executivo do Ministério Extraordinário dos Esportes, no período de 1995/96

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